sábado, 17 de janeiro de 2009

A revolta de 28 de Janeiro (I)

A 28 de Janeiro de 1908, rebentou a revolta, mas a polícia facilmente deteve por suspeita, denúncia ou simples incúria, bem à portuguesa. Muita da novas hostes revolucionárias assentaram no renascimento da carbonária portuguesa, que havia sido fundada por Luz de Almeida, também os anarquistas como já disse fizeram parte do "plano organizativo", sob a chefia de Heliodoro Salgado e o próprio João Chagas, um jornalista chegou a dispor de um grupo de cerca de 300 homens.

A maçonaria, nessa altura chefia por Magalhães de Lima, também era uma força com alguma importância, mas a grande realidade é que não se podia falar em predomínio de menhuma destas organizações como força condutora da revolução.

Os meios eram rudimentares, porque o dinheiro também era escassos, velhas armas e bombas caseira, que iam deixando vítimas entre os próprios que as tentavam fabricar.

Como disse tudo porém se passava à portuguesa, e o que devia ter um cariz verdadeiramente secreto, toda a gente sabia, comentava-se nas ruas, sabia-se o nome dos chefes e até as senhas "secretas" eram conhecidas.

Porém perante isto as autoridades, também deixava passar, no fundo diziam eram os arruaceiros do costume, rapaziadas e coisas sem importância de maior, o habitual .

Os chefes partidários continuavam a prepara-se para as eleições gerais que em Dezembro de 1907, foram marcadas para Abril de 1908.

Em meados de Janeiro, o ridículo revolucionário atingiu o seu ponto máximo, quando um revolucionário ao tentar aliciar para as suas forças, um polícia que fazia guarda á porta de João Franco, para o impressionar, mostrou-lhe onde tinham as armas, contou-lhe quem eram os chefes, enfim tudo o que sabia.


Essa tentativa falhou, porque o polícia nõo se deixou envolver e em contra-partida no dia 23 de janeiro foi detido João Chagas, a 26 António José de Almeida, por acaso os principais nomes do movimento.

Afonso Costa que andava afastado, por um amuo qualquer, perante este panorama das prisões consegue agarrar as pontas do que seria possível organizar, e em 2 dias pôs a revolução na rua.

O plano final de Afonso Costa, era imobilizar João Franco, manietar os dois cruzadores de guerra fundeados ao largo do Tejo e tomar conta dos quartéis militares, enquanto os lideres se dirigiriam para a Câmara Municipal, proclamar a República depondo o rei D.Carlos.

Talvez fosse esse o plano, só que nada correu como se esperava, afinal o ponto de arranque do projecto revolucionário,que passava pela imobilização de Franco, seria o ponto de partida, porém como nunca chegaram a conseguir neutraliza-lo o plano falhou.

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