terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Acontecimentos no ano de 1895 (2ªParte)


Notável jurisconsulto, ministro de Estado, bacharel formado em Leis pela Universidade de Coimbra, reitor da mesma Universidade, juiz da Relação do Porto, deputado, par do reino, juiz aposentado do Supremo Tribunal de Justiça,

  • Fevereiro,09-Novo contrato com o Banco de Portugal alivia a situação financeira do governo.
  • Março,02-Sexto Congresso do Partido Republicano, em Lisboa. A polícia impede a reunião, mas, no dia seguinte, em ajuntamento secreto, é eleito novo directório: Eduardo de Abreu, Jacinto Nunes, Magalhães Lima e Gomes da Silva.
  • Março,28-Dissolução da Câmara dos Deputados, encerrada desde 28 de Novembro de 1894.Nova lei eleitoral, abolindo círculos uninominais, extinguindo o direito de voto por simples chefia de família,o que afasta os eleitores mais pobres, prejudicando em princípio sobretudo os republicanos.
  • Abril,08-Morte de Manuel Pinheiro Chagas.
Nasceu em Lisboa. Frequentou o Colégio Militar, a Escola do Exército e a Escola Politécnica. As suas obras tiverem êxito imediato, êxito este que não se repercutiu após a morte do autor, sendo praticamente esquecido. Para isso muito contribuíram as polémicas entre ele e Eça de Queirós.
Foi o prefácio de Castilho á obra de poesia juvenil, apropriadamente intitulada Poema da Mocidade, que levou à eclosão da Questão Coimbrã, polémica onde o grupo de Pinheiro Chagas, Júlio de Castilho, Brito Aranha, Camilo Castelo Branco e Ramalho Ortigão enfrentou Teófilo Braga e Antero de Quental, num epifenómeno literário das tensões entre conservadorismo e reformismo que atravessavam a sociedade portuguesa de então.
  • Maio,25-Congresso Católico Internacional em Lisboa, durante as comemorações de Santo António.
Há manifestações anti-clericais, por ocasião da procissão, surgindo uma autêntica caçada aos padres que a própria imprensa republicana considera selvagem. Gritam abaixo as sotainas. A procissão, presidida por Burnay, é destroçada por manifestantes, liderados por Heliodoro Salgado, unidos da Liga Progresso e Liberdade, na Rua do Ouro, enquanto os maçons organizam um cortejo cívico que se dirige ao cemitério dos Prazeres


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